MONUMENTO AOS PIONEIROS

                                                                                        Monumentos e Edificações com Valor Cultural

                                                                                                                      Rosângela Maria Bezerra da Costa

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Monumento aos Pioneiros

O Monumento aos Pioneiros foi construído pela  Prefeitura Municipal de Boa Vista na administração da Prefeita Tereza Jucá, em homenagem aos primeiros desbravadores que aqui chegaram para povoar e desenvolver esse pedacinho de Brasil, hoje Estado de Roraima. O Monumento é uma obra extraordinária, construída pelo artista plástico roraimense Luiz Canará. O projeto foi concedido com o aval do Instituto Histórico e Geográfico de Roraima-IBGE. O Painel do Monumento é voltado para o Rio Branco e mede 15 metros de comprimento por 4 metros de altura, avançando 1 metro e meio de parede para dar sentido a uma imagem tridimensional, lembrando o perfil do Monte Roraima. A idéia de construção desse monumento, partiu do princípio que a cidade se ressentia da falta de algo que exaltasse o papel fundamental dos pioneiros e desbravadores que vieram habitar essas terras juntamente com os nativos. A obra é totalmente em concreto armado, mostrando várias figuras que simbolizam o passado histórico do Estado. Foi um trabalho difícil de realizar, um desafio e nessa empreitada o artista Canará foi auxiliado pelo “Mestre Coelho”. De acordo com o projeto, no conjunto de figuras se sobressaí a de MACUNAIMA, como primeiro habitante dos campos do Rio Branco, recebendo os pioneiros que chegavam a pé, a cavalo ou em canoas, em suma o painel representa a união dos nativos com seus modos, usos e costumes.

MONUMENTO AO GARIMPEIRO

                         Monumentos e Edificações com Valor Cultural                                                                                                                     Rosângela Maria Bezerra da Costa

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Monumento ao Garimpeiro

  

Na primeira gestão do Governador Hélio da Costa Campos em 1967 à 1969, Walter Melo foi convidado a elaborar um monumento que aglutinasse nossa historia e refletisse nossa gente. Assim juntamente com o colega Francisco da Luz Moraes (Chico Japurá), rascunharam o projeto de uma estatua de um garimpeiro, com o objetivo de homenagear o homem rude que procura no seio da terra o metal precioso, acalentando o sonho de riqueza e de uma vida mais fácil. A planilha com as dimensões, custos e execução da obra foram apresentados ao Governador que o aprovou de imediato.

A idéia é que a estatua fosse leve, mas de longa duração. O projeto foi enviado para Manaus onde, numa funilaria, foi confeccionada com uma mistura de borracha e alumínio. A cor original era prata, depois de pronto, veio de avião em caixote e instalado onde se encontra até hoje no Centro da Cidade, defronte ao Palácio Senador Hélio Campos, como uma sentinela perpétua de nossos valores. O Monumento é representado por um homem garimpando, a obra é uma exaltação à época áurea do milagre amarelo e uma homenagem àqueles que trabalharam na busca de esperanças e contribuíram para o desenvolvimento da região.     

AEROPORTO INTERNACIONAL DE BOA VISTA

                                                                                        Monumentos e Edificações com Valor Cultural                                                                                                                                        Rosângela Maria Bezerra da Costa

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Aeroporto

(Matéria publicada no Jornal - Novo aeroporto será entregue em novembro/2007)

O moderno Aeroporto Internacional de Boa Vista vai ganhar uma nova aparência. Há mais de 1 ano foram iniciadas obras na estrutura externa e interna das instalações que atendem os usuários das três companhias áreas que operam no Estado. No dia 13 de janeiro do ano passado, foi apresentada a ordem de serviço, e instalados os primeiros canteiros da obra. Em março iniciaram os trabalhos. A previsão de entrega do novo aeroporto é novembro deste ano. O superintendente da Infraero (Empresa Brasileira da Infra-estrutura Aeroportuária), Manuel Aguinelo Maciel Sá, disse que será construída uma praça de alimentação e reformulada toda área de embarque doméstico e internacional. As obras estão no prazo. A sala vip esta com 40% do espaço  concluído,  o estacionamento esta com 90%. A marquise esta com 60% dos trabalhos prontos e aguarda a pintura e a estrutura da cobertura que chega de São Paulo. Toda área do aeroporto será climatizada e o piso trocado por granito. Os balcões de check-in passarão dos 6 para 11. Serão instaladas três escadas rolantes e um elevador. A ponte de embarque e desembarque será do tipo sanfona utilizada em grades aeroportos. Na área de circulação, haverá oito ambientes comerciais com vista para pista de decolagem. Também as poltronas atuais serão substituída e os balcões de embarque reformados.  A obra faz parte de um projeto da Infraero e do Governo Federal. O custo será de oito milhões. A empresa que ganhou a concorrência foi a Concreta, de Manaus (AM), que apesar de não apresentar experiência em reforma de aeroportos, passou por todas as exigências técnicas da licitação. A infraero mantém um engenheiro como coordenador da obra acompanhando todas as etapas dos serviços.

A obra, segundo o superintendente, se justifica pelo aumento a cada ano do fluxo de passageiros que embarcam e desembarcam  em Boa Vista.   Em 2004  foram 114 mil,  em 2005 147 mil, no ano passado 166 mil. “É um movimento expressivo para uma população de 300 mil habitantes”, disse. O Aeroporto Internacional de Boa Vista é de categoria tarifária 2. Depois da reforma, ele passará para um patamar mais elevado na região. Manoel Aguinelo acredita que ele estará no nível de outros aeroportos como de Porto Velho (RO), Maceió (AL), e Londrina (PR). O andamento das obras implica no desconforto dos usuários que tem que suportar o barulho e a poeira. Apesar de não ter recebido nenhuma reclamação formal, o superintendente lamenta o fato, mas pede a compreensão dos passageiros que, em breve, serão os beneficiados. Além de melhorar a oferta de serviços aos passageiros que embarca e desembarca, a expectativa é que o novo aeroporto se torne uma nova opção de visitação e lazer para o boa-vistense. “O aeroporto é a porta de entrada da cidade. Quero que ele seja uma atração para o turista e para a população. Tenho certeza que nossa praça de alimentação vaia ser um point para os jovens”. Para a inauguração da obra, em novembro, Manoel Aguinelo promete fazer um evento que reunirá autoridades políticos e a comunidade do Estado.

FÓRUM SOBRAL PINTO

                                                                                          Monumentos e Edificações com Valor Cultural

                                                                                                                      Rosângela Maria Bezerra da Costa

18/100

Fórum Sobral Pinto

     Quando o Governador Dr. José Luiz de Araújo Neto assumiu o cargo em 1953 teve que se desdobrar. Boa Vista era uma cidade pequena, sem luz, sem água, sem asfalto. As repartições publicas estavam inacabadas e uma de suas metas era concluir essas obras, entre elas o Fórum. O fórum de Boa Vista era um prédio acanhado, mas na época atendia as necessidades da população. No Governo de Fernando Ramos Pereira, na  década de 70, foi demolido e no seu lugar  construído um belo edifício com dois pisos com capacidade para atender a população do então Território. O Fórum Sobral Pinto embelezou a cidade até o ano de 2005, quando passou por uma reforma geral.

A reforma do prédio do Fórum Advogado Sobral Pinto durou cerca de oito meses de trabalho e custou cerca de 2.4 milhões de reais. Construído a mais de trinta anos e nunca havia passado por uma transformação como a ocorrida em 2005.                                  

Apenas a estrutura de concreto não foi alterada, mas as redes elétricas e hidráulicas e sanitárias foram totalmente trocadas. O passa a contar com dois elevadores, um circuito fechado de tv, pára-raios e  proteção  para veículos no estacionamento. O piso foi totalmente substituído por outro tipo, porcelanato, que possui alta resistência ao trafego. Além disso a nova estrutura passou a contar com uma agencia bancária do Banco do Brasil, uma lanchonete climatizada, e jardins de inverno. Outra novidade foram além das salas de audiência, cartório e gabinete, os corredores onde os usuários aguardam atendimento passaram a ser climatizadas. No prédio foram instaladas oito varas cíveis: cinco criminais e os três juizados passaram a funcionar no  primeiro pavimento. A arquiteta que assinou o projeto da reforma foi Eliete Prado de Andrade e a construção foi acompanhada pela comissão de Engenharia do Tribunal de Justiça, presidida pelo Dr. Augusto Diogo Junior.

CENTRO DE CIDADANIA NÓS EXISTIMOS

                                                                                            Monumentos e Edificações com Valor Cultural

                                                                                                                      Rosângela Maria Bezerra da Costa

16/100

Centro de Cidadania Nós Existimos

A casa foi construída pelo segundo bispo-prelado do Rio Branco Dom Pedro Eggerath possivelmente entre os anos de 1910 a 1915, serviu de morada as irmãs beneditinas, vindas de Tutzing (Baviera), tornou-se centro de difusão de educação e cultura em Boa Vista. Nela eram realizadas exposições, seções de cinema, apresentação de peças teatrais, etc. Com o crescimento da cidade e o aumento da população houve uma expansão das atividades e o prédio que antes servia de residência das irmãs beneditinas foi reconstruído, provavelmente entre 1921 e 1922. Nos anos seguintes foram sendo acrescidas nos arredores da casa, a escola São José, primeira escola do Rio Branco, a escola doméstica, Hospital N. S. de Fátima e o internato para meninas. Em 1949 chegaram as irmãs Missionárias da Consolata e passaram a residir na mesma casa que continuou com o serviço da promoção humana, privilegiando o espaço dado a mulheres. Desse ambiente saíram as primeiras professoras formadas pelas irmãs e foi iniciada uma escola de enfermagem. Nos anos 70 a casa vira pastoral com o nome de Casa João XXIII e se converte em espaço da Renovação Pastoral da Igreja de Roraima, palco das principais assembléias diocesanas de pastoral, destacando-se na historia da região norte como uma das primeiras dioceses a viver esse processo participativo dos leigos no caminho da evangelização. Em 1981 passou a funcionar como centro vocacional em vista da fundação da Associação das Irmãs Apóstalas de Cristo, idealizada pela irmã Paula Helena. Na década de 90, as Apóstalas de Cristo deixam a casa que fica fechada durante vários anos. Dom Aparecido José Dias, então bispo de Roraima, destinou o espaço para sede de entidades formou o movimento Nós Existimos para que se converta em Centro de Cidadania, retornando assim a vocação para o qual foi construído oitenta e cinco anos atrás. Atualmente se encontra no mesmo lugar o prédio  completamente restaurado, porém conservando sua arquitetura original.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

                                                                                   Monumentos e Edificações com Valor Cultural

                                                                                                                      Rosângela Maria Bezerra da Costa

14/100

Tribunal de Justiça

Inaugurado em 1991, pelo Governador Ottomar Pinto, o prédio é destinado a abrigar o Judiciário. Consiste em elemento prismático, retangular todo em pele de vidro laminado e reflexivo, envolvido por um outro laminado em concreto armado, de forma a emoldurar e proteger a casa de vidro das intensidades de luz e ao mesmo tempo criando uma generosa varanda em volta do edifício principal. O prédio possui ainda, uma grande rampa de acesso sobre um espelho d’água, inserido em um monumental pórtico que constitui a entrada principal.

CASA DAS 12 PORTAS

                                                                                        Monumentos e Edificações com Valor Cultural

                                                                                                                      Rosângela Maria Bezerra da Costa

11/100 Casa das 12 Portas

Construída na década de 30, a Casa das 12 Portas recebeu esse nome por pura coincidência. No passado as construções só tinham portas e quando o mestre de obras Alberto terminou a obra viu que essa casa tinha 12 portas, daí o nome pela qual é conhecida ate hoje.  Atualmente pertence ao Sr. Abdala Habib Fraxe o qual herdou do seu pai Felipe Fraxe e que durante muito tempo ele alugava para diversas atividades comerciais. Na década de 30 em Boa Vista não haviam construtores, esta obra, foram o mestre Alberto carpinteiro, Chinimbu pedreiro juntamente com outros ajudantes. Não era feito nenhum projeto arquitetônico e o material utilizado procedia de Manaus em embarcações.  O prédio conserva sua arquitetura original e esta situada na esquina da Av. Jaime Brasil com a Rua Bento Brasil, no Centro Histórico da cidade de Boa Vista.

Curiosidade: Na casa das 12 portas, foi onde funcionou o primeiro supermercado de Boa Vista, cujo nome era Supermercado Royale.

BAR E SORVETERIA MEU CANTINHO

                                                                                   Monumentos e Edificações com Valor Cultural

                                                                                                                      Rosângela Maria Bezerra da Costa

12/100 Bar e Sorveteria Meu Cantinho

Em 1830, o cearense Inácio Lopes de Magalhães,  ex-comandante do Forte São Joaquim do Rio Branco, fundou a primeira fazenda de gado bovino particular do Rio Branco, devido a vista privilegiada que o lugar oferecia recebeu o nome de Fazenda Boa Vista.  Ao redor da sede fazenda foram surgindo casas ocupadas por trabalhadores, a Igreja, mais tarde a escola da prelazia. Esse lugar tem um marco histórico visto que originou o primeiro povoamento da cidade de Boa Vista.

Esta construção de máxima relevância para a Cidade, encontra-se descaracterizado, preservando apenas parte da estrutura, funciona um bar e restaurante.

CENTRO COMERCIAL CAXAMBU 28.02.03

                                                                                   Monumentos e Edificações com Valor Cultural

                                                                                                                      Rosângela Maria Bezerra da Costa

13/100 Centro Comercial Caxambu

  Fonte: Jornal Folha de Boa Vista 28-02-2003.  

 A Prefeitura de Boa Vista inaugurou em 13-12-2002, no Centro da cidade de Boa Vista, o Centro Comercial Caxambu. A construção do Centro teve início em agosto e o prazo para a conclusão é de 90 dias. Os camelôs que se encontravam nas Av. Sebastião de Diniz, Jaime Brasil, Getúlio Vargas, além de 14 barracas localizadas no terminal de ônibus, foram cadastradas e transferidas para as ruas  Inácio Magalhães e Bento Brasil.

Foi realizada uma reunião para anunciar a mudança dos vendedores, alguns reclamaram pela falta de condições no local para onde foram transferidos, por estarem no meio da rua disputando o espaço com os veículos, e de estarem proibidos de armar as barracas nas calçadas. As negociações, foram feitas por uma comissão formada pelo Sindicato dos Ambulantes, e Técnicos da Prefeitura Municipal de Boa Vista.

O Projeto para a construção do Centro Caxambu foi discutido e debatido durante um ano. Sua localização compreende entre o trecho das Av. Silvio Botelho e Jaime Brasil. Ao todo são 144 boxes destinados somente aos ambulantes cadastrados. Os recursos para a obra são de convênios da SUFRAMA. Depois da conclusão da obra não será permitida afixação de ambulantes no ambiente uma vez que somente os vendedores que já tinham barracas serão beneficiados. Aos comerciantes de alimentos, revistas e jornais, o espaço terá o dobro das demais barracas. Haverá um box, destinado a fiscalização da Prefeitura e outro para o Sindicato dos ambulantes, além de dois banheiros públicos e a construção da área para estacionamento rotativo com 144 vagas para veículos.

O Centro Comercial Caxambu foi inaugurado em 13-12-2002 com 142 quiosques que irão substituir o antigo espaço utilizado pelos camelôs e vendedores ambulantes no Centro da Cidade. Segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura na pessoa de Humberto Silva, o centro recebeu esse nome em homenagem a figura lendária e folclórica de Manoel Barbosa de Araújo Filho – o Caxambu, nascido em Manaus (AM) e falecido em Boa Vista em 1992. Caxambu foi o pioneiro em Comércio informal de diversos produtos. Todo o processo para remoção dos camelôs e construção de espaço ficou sob a coordenação da Gestão Participativa e Cidadania, dos 142 quiosques, 125 são destinados aos antigos camelôs, 1  para a venda de guaraná natural 2 para a comercialização de salada de frutas, 1 para café e lanche, 7 lanchonetes, 1 para venda de revistas,  1 para atendimento dos taxistas, 1 para o sindicato dos ambulantes, 1 para fiscalização, 2 banheiros e estacionamento para carros e motos.

IGREJA DE SÃO FRANCISCO

                                                                                                                                Monumentos e Edificações com Valor Cultural

                                                                                                                      Rosângela Maria Bezerra da Costa

  

8/100 Igreja de São Francisco

Em 1953, os padres Redentoristas estavam em Boa Vista, e durante as festas de Nossa Senhora do Carmo foi realizada uma procissão com a participação dos religiosos, do vigário da Matriz Padre José Monte. Com centenas de pessoas da comunidade cujo objetivo era a colocação da pedra fundamental para a construção de uma Igreja no bairro São Francisco, O bairro era bem distante do Centro e  havia poucas casas, em uma delas eram realizados os trabalhos religiosos. No terreno onde colocaram a pedra fundamental já existia um barracão que veio servir como depósito, onde as pessoas levavam o material que era doado para a construção da igreja. A Igreja ainda mantém  a arquitetura original, com exceção de uma pequena construção nas laterais o que lhe deu  o formato de uma cruz. Após 10 anos de funcionamento a Igreja passou por uma pequena reforma, foi quando ganhou o formato de cruz.

Em 2002, após 39 anos, sem passar por uma reforma geral, a Igreja foi fechada por 90 dias, para reforma, ampliação e restauração. A igreja de São Francisco é a 3ª Igreja mais antiga de Boa Vista. No ano de 2003 a comunidade celebrou o jubilou de ouro da Igreja.

A restauração da Igreja esta foi realizada, através do Projeto Raízes da Prefeitura Municipal de Boa Vista, com um investimento de R$ 59 mil, segundo o vigário da Paróquia Padre Revislande Araújo, as janelas construídas em 1953, foram restauradas inclusive pintadas com a cor original. Os fiéis disponibilizaram R$ 30 mil para obras de ampliação e reforma. Após a conclusão dos trabalhos o templo aumentou sua capacidade em 150 lugares. Antes a capacidade era para 450 pessoas sentadas, após reforma 600 pessoas, disse o Padre Revislande. O altar da Igreja ganhou uma obra de arte do artista plástico roraimense Augusto Cardoso, que representa Jesus Cristo com São Francisco e Santa Clara. A obra foi custeada por meio de uma parceria dos empresários com o governo do Estado, na pessoa do governador Flamarion Portela.

Obs. caso você possua informações, por favor envie e-mail para  7rosangela@gmail.com assim posso acrescentá-las aqui e enriquecer mais, para que outras pessoas utilIzem.

Se esse material foi útil pra você de alguma forma, por favor deixe seu comentário.

PRELAZIA DE RORAIMA

                                                                                         Monumentos e Edificações com Valor Cultural

                                                                                                                      Rosângela Maria Bezerra da Costa

 10/11  Prelazia de Roraima

Um dos monumentos históricos mais importantes da cidade de Boa Vista, é o prédio da Prelazia, seja pela sua importante arquitetura em estilo clássico germânico como pela  conservação dada ao longo dos anos. A edificação da Prelazia foi preparada para ser o hospital que deveria atender toda a população do Baixo Rio Branco, devido a distância do perímetro urbano o prédio, um edifício espaçoso e muito belo, não serviu de hospital, mas sim, desde 1923, como residência dos padres os quais até então moravam em duas casas velhas, verdadeiras taperas, cobertas de palhas e de zinco. Como hospital ele era portanto demasiadamente grande para suas necessidades locais e, além disso, não era possível arranjar a mobília necessária.

No boletim de nº 12 da CIDR (Centro de Informação da Diocese de Roraima – Julho de 1986 – pág. 17 encontramos a seguinte citação “A Prelazia dos Beneditinos era localizado numa rua que subia docemente o morro. Um edifício com uma imponência menor que todas as construções que eu tinha visto desde quanto deixei de Georgetown. Construído em concreto com uma fachada moderna, uma fileira de janelas com os vidros inteiros, um portão de entrada em madeira esculpida, uma campainha elétrica, uma varanda com parapeito e vidros de concreto nos dois lados da casa. Em frente havia um longo jardim dividido simetricamente com tijolos”. Na década de 70 foi designado PRELAZIA, nome usado na Igreja Católica para designar uma porção do povo de Deus confiada a uma congregação religiosa. Pela grandiosidade do espaço a Prelazia foi também a sede do primeiro governo do então Território Federal do Rio Branco, criado em 13 de setembro de 1943. Assim sendo a Prelazia faz parte da história de Roraima não só como casa religiosa, mas também como prédio público.

Em 2006, através do Governo do Estado de Roraima o telhado da Prelazia, que provavelmente tenha sido o primeiro, já que o madeirame é composto por varas roliças e em cobertura de telha de Marselha. Foi trocado todo o madeiramento que sustenta o telhado, as telhas foram trocadas somente as que estavam deterioradas, sendo também o forro,  a pintura voltou a cor original e com listras, como a pintura da Matriz.

CATEDRAL CRISTO REDENTOR

                                                                              Monumentos e Edificações com Valor Cultural

                                                                                                                      Rosângela Maria Bezerra da Costa

9/100 Catedral Cristo Redentor

“A igreja Cristo Redentor representa simbolicamente a BARCA de Pedro que navega pelos rios imensos da Amazônia, conduzida pelo o sopro do Espírito Santo. A forma circular, presente em várias partes do templo, possui o formato da MALOCA INDÍGENA, a mais comunitária de todas as habitações, na entrada a simbologia é o instrumento utilizado para cânticos e adoração dos anjos celestiais a ARPA”.

A Catedral Cristo Redentor chama a atenção de turistas e boavistenses pelo esplendor de sua beleza e pela arquitetura, localizada no Centro da Capital Boa Vista, mas especificamente diante da Praça do Centro Cívico.

Em 1968 teve inicio sua construção, em 1972 foram concluídas as obras de estilo moderno e arrojado para a época em estilo moderno e arrojado para a época, a inauguração datou de 26 de novembro de 1972, a integração de três símbolos o navio, a maloca e a harpa deram charme e mais tarde tornou-se atrativo turístico. A solenidade de inauguração acontece na gestão de Sua Santidade o Papa Paulo VI e Bispo Prelado de Roraima Dom Servílio Conti e como convidado especial para a solenidade Dom Alberto Ramos, Bispo de Belém-PA. A Catedral Cristo Redentor projetada pelos engenheiros arquitetos Cappa Bava e Fiarent, ambos de Turim-Itália, e o projeto foi orçado em seis milhões de cruzeiros na época. A obra foi realizada em tempo recorde, os recursos para construção e concretização foram oriundos de outros países,  e da sociedade roraimense.  

 A Paróquia de Cristo Redentor é responsável pelas Igrejas de São Sebastião, Nossa Senhora de Nazaré, Menino Jesus de Praga, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, São Sebastião – sede do Município de Bonfim e São Francisco localizada na vila do mesmo nome – Município de Bonfim. A Construção - O projeto da Catedral do Cristo Redentor foi elaborado pelo engenheiro italiano Mário Frameni, da Universidade de Turim.          A convite do Dom Servílio Conti,  Bispo de Roraima na época, o engenheiro veio a Boa Vista para adaptar a obra às condições locais do meio ambiente, a execução do serviço ficou a cargo do missionário da Consolata e mestre de obras Pedro Menegon, devidoa ausência de qualificação profissional, trabalhou na construção índios macuxi e wapixana. O financiamento para a construção veio de todos os lados. Os 11 mil habitantes da cidade na época fizeram coleta para ajudar, os fazendeiros ofereciam bois, veio ajuda do sul do país e até da Itália. A siderúrgica Aliperti, de São Paulo, doou 84 toneladas de ferro. Que foram transportados gratuitamente pela companhia de Navegação Netunmar, além dos ferros, essa mesma companhia fez a doação do frete dos equipamentos que vieram de Santos, em São Paulo, até o Estado do Amazonas. Foram utilizados 2.500 sacos de cimento que vieram da Polônia, através da Zona Franca de Manaus. O projeto da Catedral previa a utilização de 300 metros cúbicos de concreto armado. A pedra para o concreto era britada a mão e disputada entre a Prelazia e o governo do então Território, que estava sendo construído na época o Palácio 31 de Março, hoje Senador Hélio Campos, que fica em frente a Catedral. Para evitar desentendimento entre os administradores, a Prelazia resolveu usar o seixo rolado que um índio havia localizado no alto do Cauamé. Foram construídas seis pontes de madeiras e alguns bueiros para transportar os 300 metros cúbicos do material, tirados manualmente, até Boa Vista. Os 600 metros cúbicos de areia foram retirados das margens do Rio Branco, num mutirão de 48 horas, os aviões Hércules da FAB (Força Aérea Brasileira) transportaram de São Paulo para Boa Vista as telhas de alumínio, e os alimentos foram doados pelo Governo Federal.

Curiosidade: acidente – Os vidros confeccionados na Itália e trazidos pela igreja afundaram no Rio Branco, mais precisamente na cachoeira do Bem-Querer, Município de Caracaraí, quando vinha de barco para Boa Vista. Segundo informações, havia uma “belíssima” imagem do Cristo Redentor com os braços abertos, que iria ficar na fachada da Catedral.