Monumentos e Edificações com Valor Cultural
Rosângela Maria Bezerra da Costa
9/100
Catedral Cristo Redentor
“A igreja Cristo Redentor
representa simbolicamente a BARCA de Pedro que navega pelos rios imensos
da Amazônia, conduzida pelo o sopro do Espírito Santo. A forma circular,
presente em várias partes do templo, possui o formato da MALOCA INDÍGENA,
a mais comunitária de todas as habitações, na entrada a simbologia é o
instrumento utilizado para cânticos e adoração dos anjos celestiais a ARPA”.
A
Catedral Cristo Redentor chama a atenção de turistas e boavistenses pelo esplendor
de sua beleza e pela arquitetura, localizada no Centro da Capital Boa Vista, mas especificamente
diante da Praça do Centro Cívico.
Em 1968
teve inicio sua construção, em 1972 foram concluídas as obras de estilo moderno
e arrojado para a época em estilo moderno e arrojado para a época, a inauguração
datou de 26 de novembro de 1972, a integração de três símbolos o navio, a
maloca e a harpa deram charme e mais tarde tornou-se atrativo turístico. A solenidade de inauguração acontece
na gestão de Sua Santidade o Papa Paulo VI e Bispo Prelado de Roraima Dom
Servílio Conti e como convidado especial para a solenidade Dom Alberto Ramos,
Bispo de Belém-PA. A Catedral Cristo Redentor projetada pelos engenheiros
arquitetos Cappa Bava e Fiarent, ambos de Turim-Itália, e o projeto foi orçado
em seis milhões de cruzeiros na época. A obra foi realizada em tempo recorde, os
recursos para construção e concretização foram oriundos de outros países, e da sociedade roraimense.
A Paróquia de Cristo Redentor é responsável
pelas Igrejas de São Sebastião, Nossa Senhora de Nazaré, Menino Jesus de Praga,
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, São Sebastião – sede do Município de Bonfim
e São Francisco localizada na vila do mesmo nome – Município de Bonfim. A Construção
- O projeto da Catedral do Cristo Redentor foi elaborado pelo engenheiro
italiano Mário Frameni, da Universidade de Turim. A convite do Dom Servílio Conti, Bispo de Roraima na época, o engenheiro veio a
Boa Vista para adaptar a obra às condições locais do meio ambiente, a execução
do serviço ficou a cargo do missionário da Consolata e mestre de obras Pedro
Menegon, devidoa ausência de qualificação profissional, trabalhou na construção
índios macuxi e wapixana. O financiamento para a construção veio de todos os
lados. Os 11 mil habitantes da cidade na época fizeram coleta para ajudar, os
fazendeiros ofereciam bois, veio ajuda do sul do país e até da Itália. A
siderúrgica Aliperti, de São Paulo, doou 84 toneladas de ferro. Que foram
transportados gratuitamente pela companhia de Navegação Netunmar, além dos
ferros, essa mesma companhia fez a doação do frete dos equipamentos que vieram
de Santos, em São Paulo, até o Estado do Amazonas. Foram utilizados 2.500 sacos
de cimento que vieram da Polônia, através da Zona Franca de Manaus. O projeto
da Catedral previa a utilização de 300 metros cúbicos de concreto armado. A
pedra para o concreto era britada a mão e disputada entre a Prelazia e o
governo do então Território, que estava sendo construído na época o Palácio 31
de Março, hoje Senador Hélio Campos, que fica em frente a Catedral. Para evitar
desentendimento entre os administradores, a Prelazia resolveu usar o seixo
rolado que um índio havia localizado no alto do Cauamé. Foram construídas seis
pontes de madeiras e alguns bueiros para transportar os 300 metros cúbicos do
material, tirados manualmente, até Boa Vista. Os 600 metros cúbicos de areia
foram retirados das margens do Rio Branco, num mutirão de 48 horas, os aviões
Hércules da FAB (Força Aérea Brasileira) transportaram de São Paulo para Boa
Vista as telhas de alumínio, e os alimentos foram doados pelo Governo Federal.
Curiosidade:
acidente – Os vidros confeccionados na Itália e trazidos pela igreja afundaram
no Rio Branco, mais precisamente na cachoeira do Bem-Querer, Município de
Caracaraí, quando vinha de barco para Boa Vista. Segundo informações, havia uma
“belíssima” imagem do Cristo Redentor com os braços abertos, que iria ficar na
fachada da Catedral.
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